quinta-feira, 17 de abril de 2008

Voulez-vous coucher avec moi, ce soir? / Conversa de classe

A história todos conhecem: rapaz de classe média começa a envolver-se com a vida boêmia de Paris no século 19. Conhece uma bélissima mulher por quem apaixona-se perdidamente; ela, porém, é uma cortesã. No começo a moça resiste aos sentimentos dele, mas os dois acabam por entregar-se a um grande amor, enfrentam ciúmes por parte do rapaz e dos outros admiradores da moça, mas o verdadeiro vilão é o mal secreto que a corrói por dentro, matando-a dolorosa e silenciosamente...

Moulin Rouge?

Não, não!

Estou falando de

A Dama das Camélias



Poster lindo feito pelo Alphonse Mucha, membro do movimento art-nouveau e um dos meus artistas favoritos.


Já tinha ouvido falar, só de passagem, dessa história; fui recentemente à biblioteca com a cara e a coragem e loquei o livro sem ter a mínima noção do enredo. Não me arrependi.

Ao contrário de Moulin Rouge, A Dama das Camélias me arrancou lágrimas sinceras. Marguerite Gautier, personagem baseada na verídica Marie Duplessis, é uma mulher forte, dez vezes mais fascinante que a Satine do filme, é sedutora sem ser vulgar. Não é qualquer uma que tem cara para dizer ao amante "Amei você, tanto quanto a meu cão"!

Ela entende perfeitamente qual é o seu lugar na sociedade. No começo, não aspirava a nada mais do que a vida que levava, sendo usada por homens que queriam vangloriar-se dela como quem exibe um troféu, e trata de tirar proveito da situação. Porém apaixona-se sinceramente pela primeira vez e começa a permitir-se sonhar com a reabilitação e a felicidade ao lado do homem a quem ama. As condições, porém, são adversas, e ela acaba por mostrar imenso desprendimento e uma bondade que as pessoas provavelmente não esperariam de uma "mulher da vida".

Marguerite não será recompensada no final, isso é certo. Seu destino é trágico e ela paga por todos os seus pecados. Morre sozinha após vários percalços, porém o motivo pelo que fez isso é surpreendente. Dizer mais que isso seria sem dúvidas estragar a leitura...

A Dama das Camélias foi, como eu disse, baseado em uma história real, vivida em parte por Marie Duplessis e o homem que viria a ser seu esposo e em parte pela própria experiência pessoal do autor, Alexandre Dumar Filho, que foi seu amante até romper com ela por motivos financeiros. O livro foi transformado em filmes e óperas, mas ainda não tive a oportunidade de conhecer essas duas versões.

Depois da leitura dá pra ver que Moulin Rouge bebeu muito da fonte desse livro, sem dúvidas, mas na minha modesta opinião a obra original é altamente superior.

Por isso, corram atrás e boa leitura!

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Hoje, no meio da aula de matemática em uma certa turma de 3º ano...

- Professooor... o que é poligamia?

- Bom, você sabe... 'Poli' é 'muitos', 'gamia' é parceiros. Na cultura árabe, por exemplo, eles são polígamos, um homem pode ter até cinqüenta mulheres, a depender...

- Aaah rapá, lá na Arábia eles podem ter é quantas mulheres puderem comprar... assim é que é bom!


... falando sério, é ouvindo comentários chauvinistas assim que dá vontade de esquecer tudo que eu escrevi sobre igualdade no post passado, chutar o pau da barraca e dizer que mulher tem que dominar o mundo SIM.

Aliás, é tanta barbaridade que eu escuto lá naquela minha escola que vou te contar. Mas isso daí já é assunto pra outro post.

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A música misteriosa / Sobre o estudo de História

Estou sendo assombrada por uma música muito estranha. Falo sério! Tô ouvindo uma músiquinha muito esquisita. Ou estou ficando esquisofrênica ou vou receber uma visitinha hoje à noite.

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Uma pergunta para a qual eu gostaria de ter resposta:

Por que os americanos são tão metidos a besta com esse negócio de estudo de História?

Quer dizer, olhem só a nossa história. É dez vezes mais interessante que a deles, no mínimo.

Família real que foge pelo mar, príncipes ninfomaníacos, constituições fraudadas visando o benefício das elites, uma sucessão de pseudo-golpes armados pelos poderosos, gente que está no poder e comete loucuras para não perdê-lo...

Ah, é verdade. Americano estuda História. Brasileiro faz novela de época.

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Meu nome élfico é Aredhel Tasartir... estranho.

Bonitinho, de uma forma estranha.

Mas ainda estranho.

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E nada de novo no front das camisetas.

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domingo, 22 de abril de 2007

Perguntas que não devem ser feitas + Assim, assim...

Perguntas que não devem ser feitas... na aula de Biologia

"Professor, professor..."

"Sim?"

"Bactérias são animais, certo?"

"Bom, certamente que são..."

"E o conjunto de animais é a 'fauna', não é professor?"

"Sim, é"

"Então porque não chamam a 'flora intestinal' de 'fauna intestinal'?"



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Por algum motivo ainda não compreendido totalmente, eu me sinto absolutamente bem (:

Então... ganhei o Fédon! Cara, tô feliz demais com isso!

(eu devo ser a única pessoa que se sente feliz ganhando livros de Filosofia xD Bom, tirando filósofos formados e tal)

Ando viciada em MPB de novo...

Ouçam O Astronauta de Mármore. Mas ouçam a versão do Nenhum de Nós, pelo amor de Deus.

E ainda tenho um pacote de Fandangos carne me esperando.


Por que não sorrir? :D

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