segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Corujinha, corujinha / Papos artísticos

Qual é a hora em que o seu cérebro trabalha melhor?

O meu tem uma tendência a criar mais naquele momento em que eu estou no limiar entre o dormir e o acordar. Ou quando eu estou ocupada com alguma coisa.

Exemplo: estou fazendo arroz para o almoço. Pego o pote de arroz, encho a panela de água,pego o tempero, essas coisas. E, enquanto isso, surge inteirinho um proema na minha mente.

(Parênteses para explicar o que é um proema: "proema" é como eu chamo meus hibridozinhos de poema com prosa, nem uma coisa nem outra - não chegam a ser textos estruturados, mas não são poemas porque eu não sei fazer poesia)

Voltando à minha panela de arroz. Eu estou lá,cozinhando tranqüilamente, quando o proema desce e, surpresa, surpresa!, eu não posso parar pro negócio não desandar ou não quero parar porque me iludo com a conversa do "mais tarde eu faço". E aí, quando eu vou fazer... esqueço. Simples assim.

Ou então,eu estou deitada na minha cama, normalmente de madrugada, olhando pras minhas estrelinhas fosfortescentes ou despencada, tanto faz. E aí desce uma crônica, um post ou um conto prontinho. Mas, como estou metade cá e metade nos braços de Morfeu, quem disse que eu tenho forças pra levantar, acender a luz, pegar o caderno e passar pro papel? (Fora que minha mãe sempre me briga quando me pega fazendo isso. Acho que é uma das razões pelas quais meu diário quase não vai pra frente; eu geralmente só consigo escrever nele durante a noite)

Tirinhas, conceitos pra desenho. Nada sai no horário normal.
Ou é meu relógio biológico que é realmente desestruturado ou é minha memória que é ruim demais e não me deixa lembrar das boas idéias quando eu posso parar pra criar.

Ou os dois. Vai saber...

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Para os artistas de plantão... Sabe aquela sensação maravilhosa quando você testa uma media e sabe que aquele tipo de material foi feito pra você?

Foi assim que eu me senti com os marcadores, também conhecidos como canetas de feltro!

Acho que achei a media tradicional perfeita pra mim. Marcadores são as coisas mais práticas que eu já usei. Ownam lápis de cor, ownam aquarela milhões (eu adoro o efeito final da aquarela, mas sempre me dá uma aflição na hora de pintar com aquarela, porque você meio que não tem controle sobre a parada - a água vai pra onde ela quer e isso me dá agonia) e ownam também Photoshop, com certeza.

Pois é, acho que eu sou uma das poucas artistas que não paga pau pra arte digital. Nada contra, mas... sei lá, não tem o cheiro da tinta, não tem a emoção de você pegar o papel, pegar o material e fazer. De passar o nanquim em cima do desenho.

E dependendo do estilo, a coisa acaba saindo meio artificial, ao meu ver.
O que não quer dizer que eu não faça arte digital às vezes. Como AQUI. Só não amo de paixão.


E, ainda falando em arte, ando tendo idéias compulsivamente para tirinhas.

Ao contrário do que possa parecer, tirinha não é um tipo de texto muito fácil de se fazer - você tem que usar dois tipos diferentes de linguagem ao mesmo tempo e compactar tudo o que você quer dizer em até 4 quadrinhos. Essa é, de fato, a pior parte. Essa e usar a régua pra fazer as margens - sempre detestei réguas.

Mas tirinha também foi uma coisa que sempre tive facilidade de fazer, acho que porque tenho contato com quadrinhos já há muito tempo. Então eu sigo fazendo. Quem sabe algum dia isso me leva a algum lugar?

Eu postaria uma das minhas tirinhas aqui, mas o meu computador de casa está desligado. Estou tendo que postar do computador da escola. Um dia uma delas aparece por aqui.

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