quinta-feira, 12 de abril de 2007

Eros segundo Platão

"Pois que Eros é filho de Pínia (a Pobreza) e Poros (o Expediente), eis qual é a sua condição.

É sempre pobre, não é de maneira alguma delicado e belo como geralmente se crê; mas sujo, hirsuto, descalço, sem teto. Deita-se sempre por terra e não possui nada para cobrir-se, descansa dormindo ao ar livre sob as estrelas, nos caminhos e junto às portas. Enfim, mostra claramente a natureza da sua mãe, andando sempre acompanhado da pobreza. Ao invés, da parte do pai, Eros está sempre à espreita dos belos de corpo e de alma, com sagazes ardis. É corajoso, audaz e constante. Eros é um caçador temível, astucioso, sempre armando intrigas. Gosta de invenções e é cheio de expediente para consegui-las. É filósofo o tempo todo, encantador poderoso, fazedor de filtros, sofista. Sua natureza não é nem mortal nem imortal; no mesmo dia, em um momento, quando tudo lhe sucede bem, floresce bem vivo e, no momento seguinte, morre; mas depois retorna à vida, graças à natureza paterna. Mas tudo o que consegue pouco a pouco sempre lhe foge das mãos.

Em suma, Eros nunca é totalmente pobre nem totalmente rico. "


PLATÃO, O Banquete. Trecho extraído da Wikipedia <http://pt.wikipedia.org/wiki/Eros>

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Tenho prova de Filosofia amanhã! Adoro Filosofia.

A minha felicidade com a proximidade desse teste só é diminuída pela chegada também iminente da prova de Matemática...

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