domingo, 14 de dezembro de 2008

Posta à prova

Hoje foi o primeiro dia da minha segunda fase da Universidade Foderal Federal da Bahia. Dia de prova específica, dia exclusivo da área 5. A famigerada "área de artes".

Podem me chamar de preconceituosa - eu não tiro sua razão - mas a minha primeira impressão, assim que pisei o prédio do campus da Faculdade de Educação, foi de ter adentrado uma das maiores populações de bicho-grilo por metro quadrado de Salvador.

Tudo bem que meu cabelo bicolor não é a coisa mais ortodoxa do mundo, mas mesmo assim.

Senti que todos me olhavam de cima abaixo, pensando "Sua poser. O que você está fazendo aqui? Você devia estar fazendo a específica de psicologia. LÁ é o seu lugar".
Ou talvez fosse só a velha e boa hostilidade de concorrentes a uma vaga em uma das faculdades de acesso mais difícil do Brasil.
Ou talvez seja mania de perseguição da minha parte, o que também é altamente provável.
Mas tenho a sensação de que fui posta à prova de várias maneiras.
Não só porque a prova de História da Arte estava uma danadinha. Tive que lutar contra meu medo e minha inseguança. Tive que lutar contra a sensação de deslocamento - sabe, aquela sensação chata de que você é o único peixinho dourado no meio do aquário de ornamentais? - enquanto consultava meu nome na listagem de salas, em meio a garotos de cabelo comprido e garotas de cabelo curto. A prova é o mais fácil, se formos pensar bem. É a minha vontade de continuar que está sendo testada.

Tudo bem, amanhã vão ser 8 horas de prova sem contar a pausa pro almoço, mas quase me sinto sortuda quando olho pra o esquema de provas do povo de Artes Cênicas. Além de várias oficinas e provas de interpretação, eles vão ter que fazer prova de direção e prova oral.

Juro pra você que se eu tivesse que fazer prova oral na frente de uma banca de professores da UFBA, eu cometia harakiri autêntico, ao vivo e a cores. E provavelmente conseguiria um 10 pela performance.

Mas enfim. Terça-feira minha vida terá voltado ao normal, e aí eu vou espanar o pó de alguns posts arquivados aqui e postar com decência.

A redação? Sinceramente, o tema era uma moleza. Acho que tem temas do TDB mais desafiadores do que aquilo. Sei que se me der mal vai ser por mole meu, até porque não escrevi com muita boa vontade, e acho que o resultado final não saiu muito coerente - embora eu tenha feito o possível para que saísse.

O grande problema de redação no vestibular são as amarras que te prendem. O tema era família, e se fosse aqui no blog, sinceramente eu escreveria alguma coisa com o título "O que o totó e o papai têm em comum?"
Mas era a UFBA. E pode apostar que eu fiz uma coisa muito mais ortodoxa.

Mesmo estando rodeada de gente que era tudo, menos ortodoxa. São as ironias da vida.

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1 Comentários:

Às 15 de dezembro de 2008 às 13:15 , Blogger Carina disse...

Ai, eu virarei vestibulanda logo, então só de ler seu post já me deu um friozinho na barriga!

boa suerte :D

www.contosdeuma.zip.net

 

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