quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Além do arco-íris

Venho acompanhando esse caso do personagem gay da Turma da Mônica desde pouco antes de estourar na mídia. Em um tópico na comunidade do Orkut, discutiram o problema de todos os ângulos possíveis e imagináveis, inclusive os preconceituosos, fundamentalistas, sem embasamento e etc.

Enquanto penso que o pessoal está fazendo a maior tempestade antes de ler realmente o que foi feito - porque muita gente fala sem sequer saber o contexto em que o personagem foi inserido e, vou te contar, uma criança que não saiba o que é homossexualidade no máximo vai ficar intrigada e pular pra próxima história - eu me pergunto por que trazer um gay pra Turma da Mônica é tão ofensivo. Como bem trouxeram na já citada discussão, por que não falaram quando foram criados Luca, o garoto cadeirante, e Glorinha, a menina cega? Os três fazem parte de minorias que lutam para serem incluídas na sociedade, então por que uma luta é mais válida do que a outra?

Alguns falaram que não é adequado discutir algo assim com crianças pequenas. Mas, pra ser sincera, se não for a revistinha, será qualquer outro meio da mídia que abrirá a questão: novelas, programas de auditório, internet. A informação hoje é muito mais acessível, e não seria muito melhor entrar em contato com o debate de forma saudável?
Claro que a responsabilidade não devia ser só da mídia - os pais deveriam dialogar com seus filhos. Mas se isso acontecesse, nem estaríamos tendo essa discussão; isso não seria mais um problema. Diálogo é a chave pra tudo isso. O problema é que a família se exime do seu papel de educar - depois culpa a escola, a tv, os quadrinhos.

Por fim, quero dizer que idolatro Mauricio de Sousa. O homem é um gênio e fez pelos quadrinhos brasileiros coisa que ninguém nunca, jamais fez. Ele é genuinamente preocupado com as crianças e reconhece o papel que elas têm na formação da sociedade. Seu trabalho sempre busca instruir e educar, a ponto de até irritar alguns dos fãs mais velhos. E ele conseguir fazer tudo isso ao mesmo tempo que diverte do bebê ao vovô é no mínimo louvável. Ele nunca trataria a questão de maneira inapropriada ou ofensiva pra alguém. Porque não existe nenhuma ofensa, de fato, em se gostar de alguém do mesmo sexo.
A maldade está nos olhos de quem vê.

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3 Comentários:

Às 21 de novembro de 2009 às 06:37 , Anonymous Anônimo disse...

Nice blog as for me. I'd like to read something more concerning that theme.
By the way look at the design I've made myself Young escort

 
Às 25 de novembro de 2009 às 15:01 , Blogger Michelle Louzeiro Nazar disse...

Oie! Mais um post sobre este assunto, e concordo contigo: não há nada mais triste que não aceitar todas as cores, todos os matizes e todas as nuances do ser humano. Sejamos mais felizes e menos hipócritas! Bjks sumida :)

 
Às 29 de novembro de 2009 às 06:53 , Blogger Polly Gomes disse...

adooorei o post! eu concordo com você e também já que o Maurício sempre procurou fazer histórias com todas as raças e tipos de pessoas, nada mais certo de ter um homossexual! Até porque nos dias atuais é bem comum a gente ver isso!
To te seguindo! :*

 

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